domingo, 18 de dezembro de 2011

PORTUGUÊS INSTRUMENTAL

Atividades:

Leitura e Produção de textos

Leitura:

1. O conceito de linguagem em Bakhtin, Luiz Filipe Ribeiro
2. Gêneros Textuais: definições e funcionalidades, Luiz Antônio Marcuschi

Produção:

Responder às seguintes questões:

a) Qual a diferença entre Língua e Linguagem?
b) O que são gêneros textuais?
c) Qual a diferença entre tipologias textuais e gêneros textuais?
d) Elabore um resumo para o texto "mulheres bem-sucedidas têm menos chances de casar e ter filhos".
e) Analise o supracitado texto e verifique se ele incentiva a mulher a investir na profissão ou se no casamento. Justifique a sua resposta.

MULHERES BEM-SUCEDIDAS TÊM MENOS CHANCE DE CASAR E TER FILHOS


Conciliar ascensão na carreira e maternidade é uma tarefa cuja dificuldade é agravada pela questão biológica. Para as mulheres, quanto maior o sucesso na carreira, menor a probabilidade de casar

Conciliar ascensão na carreira e maternidade é uma tarefa cuja dificuldade é agravada pela questão biológica. Para as mulheres, quanto maior o sucesso na carreira, menor a probabilidade de casar e ter filhos. O oposto é igualmente verdadeiro para os homens. Estudos publicados recentemente nos Estados Unidos abalam o mito da mulher maravilha, capaz de ser feliz em todas os aspectos da vida. A economista Sylvia Ann Hewlett, da Universidade Harvard, vem provocando a ira das feministas. No livro recém-lançado Creating a Life (Gerando uma Vida, numa tradução literal), ela entrevista 1.200 mulheres em cargos de chefia, com idade entre 28 e 55 anos, e conclui que, quanto mais perto do topo da hierarquia, menores as chances de casar e ter filhos.

Mais da metade das executivas americanas não têm filhos, e três quartos delas são solteiras ou separadas. Trata-se de mulheres poderosas, que ganham mais de 100.000 dólares por ano, mas se queixam de solidão. Só 15% das executivas sem filhos admitiram que de fato jamais planejaram ser mães. Sylvia Hewlett concluiu que, apesar do avanço das mulheres na vida profissional, a maioria ainda sofre com a dificuldade de conciliar a carreira com a família. Para os homens, a chegada dos filhos costuma ser vista como um impulso positivo ou no mínimo um evento sem conseqüências em relação à carreira. Além disso, descobriu que 80% dos executivos americanos planejavam ter filhos e 75% efetivamente tiveram.

No Brasil, onde o processo de absorção da mão-de-obra feminina ainda está em uma fase anterior à do mercado americano, só um quinto das executivas anseia a direção geral das empresas. Em contrapartida, o grau de satisfação das mulheres com suas carreiras é o dobro do que se mede nos Estados Unidos.

A mais bem-sucedida executiva que se vê hoje na mídia, Carly Fiorina, cabeça da gigante de computadores Hewlett-Packard, arrumou um marido que é um verdadeiro dono-de-casa, do tipo que faz a feira, prepara o jantar e coordena os empregados. Mas ela sabe que não pode ter tudo. Filhos estão fora de seus planos.

Poder e solidão

Para as mulheres, quanto maior o sucesso na carreira, menor a probabilidade de casar e ter filhos. O oposto é igualmente verdadeiro para os homens. Estudos publicados recentemente nos Estados Unidos abalam o mito da mulher maravilha, capaz de ser feliz em todas os aspectos da vida. A economista Sylvia Ann Hewlett, da Universidade Harvard, vem provocando a ira das feministas. No livro recém-lançado Creating a Life (Gerando uma Vida, numa tradução literal), ela entrevista 1.200 mulheres em cargos de chefia, com idade entre 28 e 55 anos, e conclui que, quanto mais perto do topo da hierarquia, menores as chances de casar e ter filhos. Mais da metade das executivas americanas não têm filhos, e três quartos delas são solteiras ou separadas.

Trata-se de mulheres poderosas, que ganham mais de 100.000 dólares por ano, mas se queixam de solidão. Só 15% das executivas sem filhos admitiram que de fato jamais planejaram ser mães. Sylvia Hewlett concluiu que, apesar do avanço das mulheres na vida profissional, a maioria ainda sofre com a dificuldade de conciliar a carreira com a família.

Para os homens, a chegada dos filhos costuma ser vista como um impulso positivo ou no mínimo um evento sem conseqüências em relação à carreira. Em suas entrevistas, Sylvia Hewlett descobriu que 80% dos executivos americanos planejavam ter filhos e 75% efetivamente tiveram. Numa passada de olhos na lista de vítimas dos atentados ao World Trade Center, em setembro do ano passado, descobre-se que, na maioria, as executivas eram solteiras. Deixaram sobrinhos e amigos. Os homens, filhos e esposas. Os sociólogos Stewart Friedman e Jeffrey Greenhaus apontam no livro Work and Family: Allies or Enemies? (Trabalho e Família: Aliados ou Inimigos?) que um casamento com filhos funciona como um porto seguro para a maioria dos homens. Os especialistas consideram que boa parte deles ganha mais autoridade no trabalho depois de viver a experiência da paternidade.

Pesquisas como essas confirmam que o estabelecimento concreto da igualdade entre os sexos é uma questão mais difícil de vencer culturalmente que do ponto de vista legal. "Hoje, o homem realmente ajuda a companheira nas tarefas domésticas, como lavar pratos e fazer compras", diz o consultor de recursos humanos Julio Lobos. "Mas quem conduz a casa no dia-a-dia e toma as decisões nesse universo é a mulher." Conclusão: ela leva os problemas domésticos para o trabalho, e vice-versa, diferentemente do homem. Além disso, o processo seletivo dentro das empresas ainda não alcançou no topo o nível de igualdade que já se observa no escalão intermediário.

Atualmente, 60% dos cargos executivos em empresas americanas são ocupados por mulheres. Mas somente 11% se tornam as principais executivas das companhias para as quais trabalham. Mesmo tendo alcançado cargos de chefia, mais de metade delas não almejam prosseguir até o comando de suas empresas. "Esse posto é recompensa de um grau de empenho e dedicação muito acima da média", diz Fátima Zorzato, presidente da consultoria de recrutamento Russell Reynolds. "As mulheres percebem que isso é mais difícil para quem tem filhos e marido."

No Brasil, onde o processo de absorção da mão-de-obra feminina ainda está em uma fase anterior à do mercado americano, só um quinto das executivas anseia a direção geral das empresas. Em contrapartida, o grau de satisfação das mulheres com suas carreiras é o dobro do que se mede nos Estados Unidos. Ultrapassada a fase em que pretendiam ter um emprego, as mulheres americanas vivem a necessidade de desenvolver uma carreira e estão avaliando o preço dessa circunstância. No livro de Hewlett, a cantora lírica Jessye Norman e a assessora de Segurança Nacional da Casa Branca Condoleezza Rice são algumas das mulheres solteiras de sucesso, sem filhos, que aparecem reclamando da dificuldade de encontrar companheiros compreensivos.

Conciliar ascensão na carreira e maternidade é uma tarefa cuja dificuldade é agravada pela questão biológica. Para dar gás no início da vida profissional, muitas mulheres planejam ter filhos além dos 30 anos. Mas a chance de engravidar começa a diminuir por volta dos 27. A gravidez depois dos 40 não é um sonho impossível, mas a empreitada tem vários riscos. "Muitas executivas deixam para pensar na maternidade quando já pode ser tarde demais", disse a economista Sylvia Hewlett a VEJA. A mais bem-sucedida executiva que se vê hoje na mídia, Carly Fiorina, cabeça da gigante de computadores Hewlett-Packard, arrumou um marido que é um verdadeiro dono-de-casa, do tipo que faz a feira, prepara o jantar e coordena os empregados. Mas ela sabe que não pode ter tudo. Filhos estão fora de seus planos.

"Artigo publicado na Revista Veja, da Editora Abril"

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Contábeis - Campus XIX/Noturno

Atividade para a próxima aula, dia 19/12, para a turma de Leitura e Produção Textual, turno noturno, Campus XIX.


 Leitura de férias:
Um Teto Todo Seu, Virginia Wolf.
Favor enviar o e-mail da turma para ltleiro@gmail.com a fim de socializar o livro em formato digital. No dia 06/02/2012 teremos atividade com base neste livro.

CIÊNCIAS CONTÁBEIS - CAMPUS XIX - NOTURNO

As avaliações serão postadas em forma de blog e realizadas em equipe. Os prazos serão definidos por datas-limites e em razão da flexibilidade não serão prorrogadas.

Metodologia:

1. Encaminhar para a professora através de e-mail - ltleiro@gmail.com - a relação dos componentes do grupo com a identificação do curso e turno (mesmo para quem entregou a via impressa);

2. Cada equipe escolherá 3 gêneros textuais diferentes para analisar, sendo que o primeiro será verbal, o segundo não-verbal e o terceiro verbal e não-verbal. Os textos não poderão ser os mesmos usados pela autora Indegore Koch em seu livro Ler e Compreender. Dar preferência a textos com temas contemporâneos;

3. Utilizar com adequação os conceitos usados por Koch para interpretar os textos selecionados para análise;

4. A primeira postagem deverá ser feita até o dia 06/02/2012. A segunda postagem até o dia 27/02/2012. A terceira até o dia 26/03/2012;

5. Critérios para a avaliação:

a) Escolha pertinente do tema;
b) Cumprimento do prazo;
c) Uso adequado dos conceitos usados por Koch;
d) Legibilidade do texto;
e) Uso adequado da língua escrita formal;

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

PEDAGOGOA - NOTURNO - PARFOR

O conteúdo da disciplina foi atualizado para acompanhar uma linha de estudos sobre gêneros textuais afins. Além disso, houve a necessidade de dilatar o prazo de estudos sobre os contos. Vejam abaixo e opinem.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

EMENTA PORTUGUÊS INSTRUMENTAL

Português Instrumental – LET36B - 45h

Desenvolve habilidade de raciocínio e de produção de textos. Elabora redação oficial atendendo às especificidades do curso de Ciências Contábeis.
 
Conteúdo Programático
 
Gêneros Textuais
Elementos constitutivos dos gêneros textuais: elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais; arquitetura dos gêneros textuais; elementos linguístico-gramaticais.
Situação de uso dos gêneros textuais
Linguagem e performance
Linguagem e discurso
Categoria Correspondência: carta, e-mail, requerimento e ofício.

domingo, 27 de novembro de 2011

Gêneros textuais : definição e funcionalidade

Gêneros textuais : definição e funcionalidade
Luiz Antônio Marcuschi
1. Gêneros textuais como práticas sócio-históricas


Já se tornou trivial a idéia de que os gêneros textuais são fenômenos histó¬ricos, profundamente vinculados à vida cultural e social. Fruto de trabalho coletivo, os gêneros contribuem para ordenar e estabilizar as atividades comu¬nicativas do dia-a-dia. São entidades sócio-discursivas e formas de ação social incontornáveis em qualquer situação comunicativa. No entanto, mesmo apre¬sentando alto poder preditivo e interpretativo das ações humanas em qualquer contexto discursivo, os gêneros não são instrumentos estanques e enrijecedores da ação criativa. Caracterizam-se como eventos textuais altamente maleáveisl. dinâmicos e plásticos. Surgem emparelhados a necessidades e atividades sócio¬culturais, bem como na relação com inovações tecnológicas, o que é facilmente perceptível ao se considerar a quantidade de gêneros textuais hoje existentes em relação a sociedades anteriores à comunicação escrita.
Quanto a esse último aspecto, uma simples observação histórica do surgimento dos gêneros revela que, numa primeira fase, povos de cultura essencialmente oral desenvolveram um conjunto limitado de gêneros. Após a invenção da escrita alfabética por volta do século VII A. c., multiplicam-se os gêneros, surgindo os típicos da escrita. Numa terceira fase, a partir do século XV, os gêneros expan¬dem-se com o flores cimento da cultura impressa para, na fase intermediária de industrialização iniciada no século XVlII, dar início a uma grande ampliação. Hoje, em plena fase da denominada cultura eletrônica, com o telefone, o gravador, o rádio, a TV e, particularmente o computador pessoal e sua aplicação mais notável, a intemet, presenciamos uma explosão de novos gêneros e novas formas de comunicação, tanto na oralidade como na escrita.


Isto é revelador do fato de que os gêneros textuais surgem, situam-se e integram-se funcionalmente nas culturas em que se desenvolvem. Caracteri¬zam-se muito mais por suas funções comunicativas, cognitivas e institucionais do que por suas peculiaridades lingüísticas e estruturais. São de difícil definição formal, devendo ser contemplados em seus usos e condicionamentos sócio¬pragmáticos caracterizados como práticas sócio-discursivas. Quase inúmeros em diversidade de formas, obtêm denominações nem sempre unívocas e, assim como surgem, podem desaparecer.

 
Esta coletânea traz estudos sobre uma variedade de gêneros textuais relacio¬nados a algum meio de comunicação e analisa-os em suas peculiaridades organizacionais e funcionais, apontando ainda aspectos de interesse para o trabalho em sala de aula. Neste contexto, o presente ensaio caracteriza-se como uma introdução geral à investigação dos gêneros textuais e desenvolve uma bateria de noções que podem servir para a compreensão do problema geral envolvido. Certamente, haveria muitas outras perspectivas de análise e muitos outros caminhos teóricos para a definição e abordagem da questão, mas tanto o exíguo espaço como a finalidade didática desta breve introdução impedem que se façam longas incursões pela bibliografia técnica hoje disponível.

 
2. Novos gêneros e velhas bases

Como afirmado, não é difícil constatar que nos últimos dois séculos foram as novas tecnologias, em especial as ligadas à área da comunicação, que propi¬ciaram o surgimento de novos gêneros textuais. Por certo, não são propria¬mente as tecnologias per se que originam os gêneros e sim a intensidade dos usos dessas tecnologias e suas interferências nas atividades comunicativas diárias. Assim, os grandes suportes tecnológicos da comunicação tais como o rádio, a televisão, o jornal, a revista, a internet, por terem uma presença marcante e grande centralidade nas atividades comunicativas da realidade social que ajudam a criar, vão por sua vez propiciando e abrigando gêneros novos bastante característicos. Daí surgem formas discursivas novas, tais como editoriais, artigos de fundo, notícias, telefonemas, telegramas, telemensagens, teleconferências, videoconferências, reportagens ao vivo, cartas eletrônicas (e-mails), bate-papos virtuais, aulas virtuais e assim por diante.
Seguramente, esses novos gêneros não são inovações absolutas, quais cria¬ções ab ovo, sem uma ancoragem em outros gêneros já existentes. O fato já fora notado por Bakhtin [1997] que falava na 'transmutação' dos gêneros e na assi¬milação de um gênero por outro gerando novos. A tecnologia favorece o surgimento de formas inovadoras, mas não absolutamente novas. Veja-se o caso do telefonema, que apresenta similaridade com a conversação que lhe pré-existe, mas que, pelo canal telefônico, realiza-se com características próprias. Daí a dife¬rença entre uma conversação face a face e um telefonema, com as estratégias que lhe são peculiares. O e-mail (correio eletrônico) gera mensagens eletrônicas que têm nas cartas (pessoais, comerciais etc.) e nos bilhetes os seus antecessores. Contudo, as cartas eletrônicas são gêneros novos com identidades próprias, como se verá no estudo sobre gêneros emergentes na rnídia virtual.
Aspecto central no caso desses e outros gêneros emergentes é a nova relação que instauram com os usos da linguagem como tal. Em certo sentido, possi¬bilitam a redefinição de alguns aspectos centrais na observação da linguagem em uso, como por exemplo a relação entre a oralidade e a escrita, desfazendo ainda mais as suas fronteiras. Esses gêneros que emergiram no último século no contexto das mais diversas mídias criam formas comunicativas próprias com um certo hibridismo que desafia as relações entre oralidade e escrita e inviabiliza de forma definitiva a velha visão dicotômica ainda presente em muitos manuais de ensino de língua. Esses gêneros também permitem observar a maior integração entre os vários tipos de semioses: signos verbais, sons, imagens e formas em movimento. A linguagem dos novos gêneros torna-se cada vez mais plástica, assemelhando-se a uma coreografia e, no caso das publicidades, por exemplo, nota-se uma tendência a servirem-se de maneira sistemática dos formatos de gêneros prévios para objetivos novos. Como certos gêneros já têm um determinado uso e funcionalidade, seu investimento em outro quadro comunicativo e funcional permite enfatizar com mais vigor os novos objetivos.
Quanto a este último aspecto, é bom salientar que embora os gêneros tex¬tuais não se caracterizem nem se definam por aspectos formais, sejam eles estruturais ou lingüísticos, e sim por aspectos sócio-comunicativos e funcionais, isso não quer dizer que estejamos desprezando a forma. Pois é evidente, como se verá, que em muitos casos são as formas que determinam o gênero e, em outros tantos serão as funções. Contudo, haverá casos em que será o próprio suporte ou o ambiente em que os textos aparecem que determinam o gênero presente. Suponhamos o caso de um determinado texto que aparece numa revista científica e constitui um gênero denominado "artigo científico"; imagi¬nemos agora o mesmo texto publicado num jornal diário e então ele seria um "artigo de divulgação científica". É claro que há distinções bastante claras quanto aos dois gêneros, mas para a comunidade científica, sob o ponto de vista de suas classificações, um trabalho publicado numa revista científica ou num jornal diário não tem a mesma classificação na hierarquia de valores da produção científica, embora seja o mesmo texto. Assim, num primeiro momento podemos dizer que as expressões "mesmo texto" e "mesmo gênero" não são automatica¬mente equivalentes, desde que não estejam no mesmo suporte. Estes aspectos sugerem cautela quanto a considerar o predomínio de formas ou funções para a determinação e identificação de um gênero.
3. Definição de tipo e gênero textual

Aspecto teórico e terminológico relevante é a distinção entre duas noções nem sempre analisadas de modo claro na bibliografia pertinente. Trata-se de distinguir entre o que se convencionou chamar de tipo textual, de um lado, e gênero textual, de outro lado. Não vamos aqui nos dedicar à observação da diversidade terminológica existente nesse terreno, pois isso nos desviaria muito dos objetivos da abordagem.
Partimos do pressuposto básico de que é impossível se comunicar verbal¬mente a não ser por algum gênero, assim como é impossível se comunicar ver¬balmente a não ser por algum texto. Em outros termos, partimos da idéia de que a comunicação verbal só é possível por algum gênero textual. Essa posição, defendida por Bakhtin [1997] e também por Bronckart (1999) é adotada pela maioria dos autores que tratam a língua em seus aspectos discursivos e enunciativos, e não em suas peculiaridades formais. Esta visão segue uma noção de língua como atividade social, histórica e cognitiva. Privilegia a natureza funcional e interativa e não o aspecto formal e estrutural da língua. Afirma o caráter de indeterminação e ao mesmo tempo de atividade constitutiva da língua, o que equivale a dizer que a língua não é vista como um espelho da realidade, nem como um instrumento de representação dos fatos.
Nesse contexto teórico, a língua é tida como uma forma de ação social e histórica que, ao dizer, também constitui a realidade, sem contudo cair num subjetivismo ou idealismo ingênuo. Fugimos também de um realismo externalista, mas não nos situamos numa visão subjetivista. Assim, toda a postura teórica aqui desenvolvida insere-se nos quadros da hipótese sácio-interativa da língua. É neste contexto que os gêneros textuais se constituem como ações sócio-discursivas para agir sobre o mundo e dizer o mundo, constituindo-o' de algum modo.
Para uma maior compreensão do problema da distinção entre gêneros e tipos textuais sem grande complicação técnica, trazemos a seguir uma defi¬nição que permite entender as diferenças com certa facilidade. Essa distinção é fundamental em todo o trabalho com a produção e a compreensão textual. Entre os autores que defendem uma posição similar à aqui exposta estão Douglas Biber (1988), John Swales (1990.), Jean-Michel Adam (1990), Jean¬Paul Bronckart (1999). Vejamos aqui uma breve definição das duas noções:
(a) Usamos a expressão tipo textual para designar uma espécie de construção teórica definida pela natureza lingüística de sua composição {aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas}. Em geral, os tipos textuais abrangem cerca de meia dúzia de categorias conhecidas como: narração, argumentação, exposição, descrição, injunção.


(b) Usamos a expressão gênero textual como uma noção propositalmente vaga para referir os textos materializados que encontramos em nossa vida diária e que apresentam características sócio-comunicativas definidas por conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica. Se os tipos textuais são apenas meia dúzia, os gêneros são inúmeros. Alguns exemplos de gêneros textuais seriam: telefonema, sermão, carta comercial, carta pessoal, romance, bilhete, reportagem jornalística, aula expositiva, reunião de condomínio, notícia jornalística, horóscopo, receita culinária, bula de remédio, lista de compras, cardápio de restaurante, instru¬ções de uso, outdoor, inquérito policial, resenha, edital de concurso, piada, conversação espontânea, conferência, carta eletrônica, bate-papo por compu¬tador, aulas virtuais e assim por diante.

Para uma maior visibilidade, poderíamos elaborar aqui o seguinte quadro sinóptico:




Antes de analisarmos alguns gêneros textuais e algumas questões relativas aos tipos, seria interessante definir mais uma noção que vem sendo usada de maneira um tanto vaga. Trata-se da expressão domínio discursivo.
(c) Usamos a expressão domínio discursivo para designar uma esfera ou ins¬tância de produção discursiva ou de atividade humana. Esses domínios não são textos nem discursos, mas propiciam o surgimento de discursos bastante específicos. Do ponto de vista dos domínios, falamos em discurso jurídico, discurso jornalístico, discurso religioso etc., já que as atividades jurídica, jornalística ou religiosa não abrangem um gênero em particu¬lar, mas dão origem a vários deles. Constituem práticas discursivas den¬tro das quais podemos identificar um conjunto de gêneros textuais que, às vezes} lhe são próprios (em certos casos exclusivos) como práticas ou rotinas comunicativas institucionalizadas.
Veja-se o caso das jaculatórias, novenas e ladainhas, que são gêneros exclu¬sivos do domínio religioso e não aparecem em outros domínios. Tome-se este exemplo de uma jaculatória que parecia extinta} mas é altamente praticada por pessoas religiosas.

Exemplo (1) jaculatória (In: Rezemos o Terço. Aparecida} Editora Santuário, 1977, p.54)

Senhora Aparecida, milagrosa padroeira, sede nossa guia nesta mortal carreira!
á Virgem Aparecida, sacrário do redentor, dai à alma desfalecida vosso poder e valor. á Virgem Aparecida, fiel e seguro norte, alcançai-nos graças na vida, favorecei-nos na morte!
A jaculatória é um gênero textual que se caracteriza por um conteúdo de grande fervor religioso} estilo laudatório e invocatório (duas seqüências injuntivas ligadas na sua formulação imperativa)} composição curta com poucos enunciados, voltada para a obtenção de graças ou perdão} a depender da circunstância.
Em relação às observações teóricas acima, deve-se ter o cuidado de não confundir texto e discurso como se fossem a mesma coisa. Embora haja muita discussão a esse respeito} pode-se dizer que texto é uma entidade concreta realizada materialmente e corporificada em algum gênero textual. Discurso é aquilo que um texto produz ao se manifestar em alguma instância discursiva. Assim, o discurso se realiza nos textos. Em outros termos} os textos realizam discursos em situações institucionais} históricas, sociais e ideológicas. Os textos são acontecimentos discursivos para os quais convergem ações lingüísticas} sociais e cognitivas} segundo Robert de Beaugrande (1997).

Observe-se que a definição dada aos termos. aqui utilizados é muito mais operacional do que formal. Assim} para a noção de tipo textual predomina a identificação de seqüências lingüísticas típicas como norte adoras; já para a noção de gênero textual} predominam os critérios de ação prática} circulação sócio-histórica} funcionalidade, conteúdo temático, estilo e composicionalidade, sendo que os domínios discursivos são as grandes esferas da atividade humana em que os textos circulam. Importante é perceber que os gêneros não são entidades formais, mas sim entidades comunicativas. Gêneros são formas verbais de ação social relativamente estáveis realizadas em textos situados em comunidades de práticas sociais e em domínios discursivos específicos.

4. Algumas observações sobre os tipos textuais

Em geral, a expressão "tipo de texto", muito usada nos livros didáticos e no nosso dia-a-dia, é equivocadamente empregada e não designa um tipo, mas sim um gênero de texto. Quando alguém diz, por exemplo, "a carta pessoal é um tipo de texto informa!", ele não está empregando o termo "tipo de texto" de maneira correta e deveria evitar essa forma de falar. Uma carta pessoal que você escreve para sua mãe é um gênero textual, assim como um editorial, horós¬copo/ receita médica, bula de remédio, poema, piada, conversação casual, entrevista jomalística, artigo científlco, resumo de um artigo, prefácio de um livro. É evidente que em todos estes gêneros também se está realizando tipos textuais, podendo ocorrer que o mesmo gênero realize dois ou mais tipos. Assim, um texto é em geral tipologicamente variado (heterogêneo). Veja-se o caso da carta pessoal, que pode conter uma seqüência narrativa (conta uma historinha), uma argu¬mentação (argumenta em função de algo), uma descrição (descreve uma si¬tuação) e assim por diante.
(...)
http://www.proead.unit.br/professor/linguaportuguesa/arquivos/textos/Generos_textuias_definicoes_funcionalidade.rtf

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

ENROLADOS NO DIA 01/12

Será exibido no Curso de Pedagogia, noturno, no dia 01/12, o filme Enrolados para debatermos o processo de construção de conhecimento com base na narrativa fílmica, tendo como referência os conceitos de sistema de conhecimento, intertextualidade e gênero textual.

CONTEÚDO ATUALIZADO

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

CURSOS DE EXTENSÃO

Encontram-se abertas as inscrições para os cursos:


1. II Curso Cinema e Mulher (20h)

2. Literatura Infantil e Juvenil (20h)

3. Inglês para crianças (para estudantes de Pedagogia)
(20h)

Local de Inscrição: NUPE/ Departamento de Educação - Universidade do Estado da Bahia
 Telefone: 3117-2200 (Sra. Maria José)

Valor da inscrição: gratuito.


Certificação para quem obtiver 75% de frequência.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

sábado, 1 de outubro de 2011

PARFOR - PEDAGOGIA NOTURNO

Na próxima aula, trabalharemos com com o segundo capítulo do livro de Ingedore Kock e Márcia Elias, com os dois textos em quadrinhos: A Invenção da Escrita, Piteco, e uma tira de Bidu, e faremos a leitura das histórias em quadrinhos produzidas em sala de aula.

Até segunda-feira.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

NOTAS - CIÊNCIAS CONTÁBEIS - ATUALIZADAS

Silvânia R. da Costa obteve nota 7,0 (sete) na apresentação do seminário. Média 8,0 (oito)

Milena Ádila obteve nota 7,0 (sete) na apresentação do seminário. Média 8,3 (oito e três)

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

PARFOR- HISTÓRIAS EM QUADRINHOS


Fonte: http://www.slideshare.net/gibiteca/oficina-de-quadrinhos-presentation-667792

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

NOTAS - PEDAGOGIA VESPERTINO




Data da prova final: 30 DE SETEMBRO
Horário: DAS 14H ÀS 16H
Assunto:
  • Conceito de leitura e de texto
  • Intertextualidade
  • Intergenericidade
  • Sistemas de conhecimento
  • Gêneros textuais
  • Funções da linguagem
  • Paródia e Paráfrase
Sexta-feira estarei no PUSAI, na secretaria, para devolver os trabalhos e para tirar dúvidas daqueles que fizeram as atividades e, porventura, eu não tenha lançado na tabela.

CIÊNCIAS CONTÁBEIS - NOTAS





 
Data da prova final: 30 DE SETEMBRO
Horário: DAS 14H ÀS 16H
Assunto:
  • Conceito de leitura e de texto
  • Intertextualidade
  • Intergenericidade
  • Sistemas de conhecimento
  • Gêneros textuais

CIÊNCIAS CONTÁBEIS - CRITÉRIO AVALIAÇÃO - SEMINÁRIO

Em razão da disparidade de notas entre a mais alta e a mais baixa, manterei as avaliações do seminário por perfomance individual, como informado no início do curso.

domingo, 18 de setembro de 2011

CIÊNCIAS CONTÁBEIS - AULA DIA 18/09

O resultado da disciplina será divulgado na quarta-feira, 21/09, através da secretaria do curso, no PUSAI. No entanto, estarei na sexta-feira, 23/09, para dirimir quaisquer dúvidas.

OFICINA DE LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL

"Este componente foi introduzido, após a avaliação das etapas anteriores, em que ficou detectado que a maior dificuldade do alunado estava na leitura compreensão e produção de textos. Nas oficinas, pretende-se exercitar a construção do pensamento, por meio das diversas modalidades linguísticas e diferentes gêneros textuais, oportunizando práticas que focalizem a leitura e escrita, contribuindo, assim, para a formação do leitor/produtor." (kit do aluno, projeto PARFOR, 2011)

domingo, 11 de setembro de 2011

PONTUAÇÃO DAS ATIVIDADES - CIÊNCIAS CONTÁBEIS



Em caso de dúvida, me procurem no final da aula, de forma ordenada (uma pessoa ou equipe de cada vez).
Se for em relação à falta de creditação de alguma atividade individual e, ainda, se o texto estiver com o aluno, reapresentá-lo para que o quadro seja devidamente atualizado.
Os quadrinhos em destaque rosa correspondem aos trabalhos que não estiveram dentro da proposta solicitada (resumo e/ou resenha) e, em razão disto, não obtiveram pontuação máxima, sendo deduzido 0,5 ponto.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

RELAÇÃO DAS EQUIPES COM OS RESPECTIVOS MEMBROS - PARFOR

Equipe 1



Ana Conceição
Celidalva C. dos Santos
Celidalva S. Pereira
Juliene C. dos Santos
Luciene V. borges


Equipe2


Catia Viviane
Ana Cláudia
Juciene Bispo
Sheila Oliveira
Isis Fernandes

Equipe 3

Marcela Moreira
Maria Soledade B. Menezes
Maria de Fátima dos Santos
Cíntia S. da Paz
Jirlene S. Oliveira
Adenalva Pereira

Equipe 4

Maura Santana
Eleonilde Milhas
Maríndia Moura
Maria Auxiliadora S. da Conceição
Jouse Santana

Equipe 5

Genivania da\Silva
Eliete S. da Silva
Eujania Maria S. de Moraes
Jaenice M. da Silva
Jandiara S. de Jesus

Equipe 6

Zillene dos Santos
Maria Lúcia de Jesus
Adriana C. do Rosário
Joselânia do R. Silva

Equipe 7

Jandira L. Araújo
Maria de Fátima da Silva
Analice Cone
Vânia C. de Souza
Eliene C. dos Santos

Alterações na composição dos grupos só poderão ser feitas até o dia 30 de setembro. Depois desta data, não será possível o deslocamento de componentes das equipes.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

PARFOR- OFICINA DE LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL



OFICINA DE LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL


CARGA HORÁRIA: 75

E M E N T A:

Discute conceitos de texto, leitura e escrita. Exercita a construção do pensamento por meio das múltiplas linguagens. Oportuniza práticas de leitura e escrita, visando à formação do leitor crítico.


AVALIAÇÃO:

1. Cada equipe elaborará diferentes textos (dez ao todo) referentes aos gêneros textuais a serem usados na escola por crianças do primeiro ciclo do nível fundamental. (10,0+10,0 = 20,0)

3.1 Histórias em quadrinhos
3.2 Ditos populares
3.3 Contos
3.4 Peças Publicitárias
3.5 Poemas
3.6 Receita
3.7 Carta
3.8 Regras de jogo
3.9 Fotonovela
3.10 Palavras- Cruzadas

Prazo até o dia 10 de novembro

3. Aplicação dos conceitos do livro Ler e Escrever, de Ingedore Koch: Conceitos de leitura, texto, sentido, sistemas de conhecimento, intertextualidade, intergenericidade, gênero textuais e dos conceitos trazidos pelos PCNs – Português Fundamental (10,0)

Prazo até o dia 10 de dezembro

Ao final, cada grupo terá elaborado os seguintes gêneros textuais: histórias em quadrinhos, ditos populares, contos, peças publicitárias, poemas, receita culinária, carta, regras de jogo, fotonovela, palavras- cruzadas, paper.

TEXTO

A palavra 'texto' vem do latim texere (construir, tecer), cujo particípio passado textus também era usado como substantivo, e significava 'maneira de tecer', ou 'coisa tecida', e ainda mais tarde, 'estrutura'. Foi só lá pelo século 14 que a evolução semântica da palavra atingiu o sentido de "tecelagem ou estruturação de palavras", ou 'composição literária', e passou a ser usado em inglês, proveniente do francês antigo texte.
Fonte :http://www.sk.com.br/sk-hist.html

Do ponto de vista da biologia, um tecido é um conjunto de células especializadas, iguais ou diferentes entre si, separadas ou não por líquidos e substâncias intercelulares, que realizam determinada função num organismo multicelular.


Vejam que o sentido etimológico não se perde quando aplicado


terça-feira, 16 de agosto de 2011

Cigarra e a Formiga- retextualização


Uma bela cigarra
Que cantava
Nas lindas tardes ensolaradas.


Passou por grandes apertos.
Pobre coitada!
Não fez provisão.


Nessa floresta
Quase encantada!...
Lá as formiguinhas só trabalhavam.


Parecia não prestar atenção,
Na cantora cigarra,
Que tanto alegrava o coração.


Cantando.
Encantando.
Encantada!


A bela cigarra,
Entoava,
Sua linda canção.

A alegre cigarra.
Alegrava!
As quentes tardes de verão.

O tempo passava...
O inverno
Se aproximava
E ela não lembrava
De fazer reservas,
Para aquela estação.


Já as formiguinhas, que bonitinhas!
Muito animadas!
A recolher folhas e grãos,
Trabalhavam, trabalhavam!...
Escutando a cantoria
Da cigarra em ação.


O verão passou...
O inverno chegou.
Aflita, a cigarra emudeceu.


Com fome e frio.
Toda encarquilhada.
Na porta da formiga bateu.

- Toc, toc, toc.
Ao abrir a porta.
A formiga estremeceu.
Ao ver aquela cantora,
Que muita alegria lhe deu.


Num estado tão deprimente.
Necessitando urgentemente,
De todo carinho seu.


Confortada a cigarra.
Com xalinho de fibras, e sopa quente.
Agradeceu a formiga,


A cama, a casa e a comida.
A grandiosa acolhida amiga,
Da formiga previdente.

Nilza Chagas de Amorim
Retextualização da fábula A Cigarra e a Formiga ( LA FONTAINE(1621-1695)
UNEB PEDAGOGIA – Semestre I
Práticas de Leitura e Produção de Texto
Professora Lúcia Leiro
Lauro de Freitas

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Seminário Ciências Contábeis

O seminário iniciará no dia 22/08, às 13h15, com a apresentação das equipes A e B.
Critérios:


1. Pontualidade (do início ao fim da apresentação) - 2,0
2. Domínio do conteúdo (segurança, conhecimento do assunto) - 2,0
3. Metodologia adequada para apresentação do conteúdo - 2,0
4. Contéudo condizente ao assunto da disciplina - 2,0
5. Coerência e coesão do pensamento (concatenação das ideias, articulações claras e legíveis para os ouvintes) - 1,0


Total: 9,0 + 1,0 (participação durante as apresentações de outras equipes)

MUDANÇA AULA PEDAGOGIA

A partir desta semana, as nossas aulas serão às sextas-feiras. O seminário referente a 2ª avaliação incia no dia 19/08 com uma equipe apenas a se apresentar.  
A apresentação começará às 13h15 em ponto e nestes dias a presença de todos será obrigatória até o final da aula. Este critério será pontuado também.

Critérios:

 
1. Pontualidade (do início ao fim da apresentação) - 2,0
2. Domínio do conteúdo (segurança, conhecimento do assunto) - 2,0
3. Metodologia adequada para apresentação do conteúdo - 2,0
4. Contéudo condizente ao assunto da disciplina - 2,0
5. Coerência e coesão do pensamento (concatenação das ideias, articulações claras e legíveis para os ouvintes) - 1,0

Total: 9,0 + 1,0 (participação durante as apresentações de outras equipes)

domingo, 31 de julho de 2011

AULA PEDAGOGIA - 03 DE AGOSTO

No dia 03/08, às 14h, estarei na Faculdade de Comunicação, UFBA, para apresentação de um artigo intitulado UMA ANÁLISE CRÍTICA DO FILME CORALINE, DE HENRY SELICK (2009).

Informei à coordenação do curso que vocês trabalharão na composição do seminário.

Enviem para o meu e-mail: ltleiro@gmail.com
o nome dos componentes (nome + sobrenome) das equipes 

terça-feira, 26 de julho de 2011

MENOR ÊNFASE NA LETRA CURSIVA

Uma matéria publicada na Revista Carta Capital trata da decisão de alguns estados norte-americanos em dar menor ênfase à letra cursiva, escrita à mão, para dar espaço aos textos digitados. Leia a matéria no link abaixo:

http://www.cartacapital.com.br/destaques_carta_capital/novos-tempo

domingo, 24 de julho de 2011

SEGUNDA E TERCEIRA AVALIAÇÕES - CIÊNCIAS CONTÁBEIS

A segunda avaliação, prevista para ser um relatório antes da greve, deverá ser substituída por um texto escrito sobre o mesmo tema apresentado no seminário. A mudança deve-se ao fato de que não haverá tempo suficiente para trabalharmos com o gênero de texto relatório, o que seria imprenscindível para que vocês pudessem elaborá-lo. Diante disso, vocês aproveitarão o próprio seminário para escrever um texto dissertativo sobre o tema a ser exposto para o grupo.  

Total: 07 grupos


Temas: Cada grupo escolherá um conceito desenvolvido por Maria Helena no livro O Que é Leitura ou por Ingedore Koch, no livro Ler e Compreender, capítulos de 1 a 5.

Data de início das apresentações: 15, 22 e 29 de agosto e 05 e 12 de setembro.

Nos dias 01 e 08 de agosto discutiremos alguns conceitos trazidos por  Ingedore Koch, cujo texto vocês fizeram um resumo. Levem a apostila para a sala de aula.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

PROJETO CINEMA

O projeto sobre Cinema (exibição de filmes) foi aprovado. Teremos de selecionar um monitor para o seu desenvolvimento. Vejam as condições:


- O candidato já deve ter cursado o primeiro semestre;
a) Comprovante de matrícula relacionado ao semestre em curso;
b) Histórico Escolar atualizado;
c) Cópia do CPF, RG e Comprovante de Residência;
d) Declaração que não mantém vínculo empregatício (modelo em anexo);
e) Formulário de cadastramento (em anexo);
f) PIS/PASEP/NIT; (NIT, retirar na Caixa Econômica é para quem nunca trabalhou com a Carteira assinada);
g) Espelho de conta bancária.
Obs: o bolsista que ainda não possui conta bancária deverá aguardar novas orientações da PPG.

blog da Revista do Núcleo de Pesquisa e Extensão

Eu não sei se vocês já visitaram o blog da Revista do Núcleo de Pesquisa e Extensão. Os professores que fazem parte como membros executivos são: prof. Dr. Luciano Bonfim, prof.a  Dra. Cecília Soares e profa. Dra. Lúcia Leiro. A coordenadora do NUPE é a profa. Ms. Ieda Balogh.

A revista foi criada para divulgar os artigos de alunos da graduação do Departamento. Portanto, além da nota, vocês têm outro bom motivo para "capricharem" na escrita.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

NASCI PARA CANTAR, por Vaniluce Lima e Fátima Costa

Era um belo dia. A cigarra acordou inspirada.

E começou a cantar e observar o seu redor.


E como de costume sempre via uma formiga que carregava uma folha para sua casa, que era logo ali do lado da árvore que ela passava o dia todo cantando. A cigarra todos os dias cantava. A formiga todos os dias trabalhava. A cigarra depois de cantar, cantar, um dia todo se pôs a pensar.


-Hoje eu cantei, cantei, cantei muito... E o que tem de profundo em passar o dia cantando? .


- Eu sou cigarra nasci para cantar, mas já percebi que cantar só não é suficiente para alegrar o mundo, quero algo mais. O que faço? Ah, posso melhorar minha forma de cantar. Mas como? É! A partir de hoje vou cantar com o coração!


No dia seguinte a cigarra respirou profundamente e começou a cantarolar bem cedo, na mesma árvore de sempre. Ssssssssss......



Aquele dia despontava como mais belo de todo os outros. Era muito profundo e ritmado o canto da cigarra. A formiga que só trabalhava e nunca havia parado para ouvir nada, aquele dia acordou assustada, e saiu desconfiada para sentir de onde vinha aquela linda música. E afinada! Mas, porém não viu ninguém.


No dia seguinte bem cedinho a formiga escuta a música outra vez, e novamente não consegue resistir, e de um salto saiu de casa para ouvir maravilhosa canção, e esta abre o coração e não consegue mais entrar para casa, pois, a música esta fazendo com que ela enxergue a beleza da natureza da frente da sua casa, pois jamais havia parado para observar a árvore e ver as flores que tinha ali. E a música pode até ser dublada, e a formiga de tanta felicidade se arriscou a acompanhar a música, ou seja, a cantar um pouco de sss, sss, sss. Nesta hora a música parou...

A formiga não entendeu ... mas, logo percebeu que alguém chegava por ali era a cigarra, de peito aberto disse: - Bom dia Jovem formiga, você gostou da minha música, não é? A formiga respondeu: - Há! Desde ontem comecei a ouvir uma música muito bonita e afinada. Era você?


-Sim, canto aqui todos os dias, mas foi desde ontem que decidi cantar diferente, cantar com o coração, e fico muito feliz que você tenha gostado.


A formiga continuou: - não sabia que você cantava tão bem assim, mas já que você canta, agora dança. A cigarra respondeu: - Como assim? Eu nasci para cantar. A formiga retrucou:
-Eu também só trabalhava, e hoje parei, olhei a natureza dancei e cantei.


sábado, 9 de julho de 2011

A Cigarra e a Formiga, por Milton Amado, Eugênio Amado, Monalisa e Silvana

A cigarra,sem pensar
em guardar,
a cantar passou o verão.
Eis que chega o inverno,e então,
sem provisão na dispensa,
como saída,ela pensa
em recorrer uma amiga:
sua vizinha,a formiga,
pedindo,a ela emprestado,
algum grão,qualquer bocado,
até o bom tempo voltar.
- “Antes de Agosto chegar,
pode estar certa a Senhora:
pago com juros,sem mora.”
Obsequiosa,certamente,
a formiga não seria.
- “Que fizeste até outro dia?
perguntou à imprevidente.
- “Eu cantava,sim,Senhora,
noite e dia,sem tristeza.”
- “Tu cantavas?”
Então,cantas.
Que te darei,
vários grãos e vários bocados.
Antãogora terás de trabalhar,
para teu canto me agradar.
(Milton Amado e Eugênio Amado (2003), Monalisa e Silvana (2011))

A parte em destaque refere-se ao trecho alterado pela dupla, dando um outro signficado à fabula. Qual seria?

sexta-feira, 8 de julho de 2011

As retextualizações - PEDAGOGIA

Estou aguardando as retextualizações sobre a fábula A Cigarra e A Formiga para postagem no blog. De fato, ficaram muito boas!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

domingo, 26 de junho de 2011

AULA NA SEGUNDA-FEIRA

Na segunda-feira, 27 de junho, não estarei no PUSAI ministrando aula para a turma de Contábeis  por razões particulares. Na quarta-feira, estarei normalmente no curso de Pedagogia.

Vale salientar que as atividades solicitadas antes da greve deverão ser apresentadas no primeiro dia de retorno. As avaliações podem sofrer alterações devido a interrupção das aulas.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

A VOLTA-CONTÁBEIS E PEDAGOGIA

Estive hoje no PUSAI, Lauro de Freitas e estarei na quarta-feira, conforme convocação dos gestores. Iremos retomar as nossas atividades, reorganizando o nosso planejamento de aulas e prazos de entrega dos trabalhos solicitados (já que não se trata apenas de reposição de aulas, mas de inicar uma atividade com um ritmo interrompido - não vou falar em retomar um ritmo porque, a meu ver, não há como).

Estarei na quarta-feira, não faltem...

quarta-feira, 6 de abril de 2011

AVALIAÇÃO - PEDAGOGIA

1ª : Produção narrativa (vídeo ou impresso) - 04/07
Em grupo. Escolher uma narrativa - formato vídeo ou impresso - voltada para criança ou adolescente. Produzir texto verbal (escrito) e não-verbal (ilustração)
 : Seminário (tema de acordo com o conteúdo programático da disciplina) (17, 24/31/08)
Os critérios serão: conteúdo, problematização levantada e possibilidades de resposta, uso de recursos, metodologia de apresentação do conteúdo e pontualidade.
 : Ensaio (mesmo tema do seminário) -
Elaborar um ensaio com aproximadamente 10.000 caracteres (equivale a 4 páginas - fonte times new roman, tamanho 12, espaço entrelinhas 1,5). 14/09

Estrutura:

Elementos pré-textuais: título (até 100 caracteres), centralizado, letras  em caixa alta; identificação (nome, vínculo institucional, turno, disciplina), alinhado à direita - o nome em linha diferente dos demais dados; resumo: síntese do seu artigo (500 caracteres), alinhamento justificado; palavras-chave: (escolher quatro palavras que tenha relação com o seu artigo, alinhamento justificado;  

Elementos textuais: o artigo propriamente dito; citação (se for menor que 3 linhas, colocar no corpo do texto e se for maior colocar separado com recuo de 3,5 à esquerda.

Elementos pós-textuais: referências conforme a ABNT.
Nome do autor, título em negrito, cidade, editora, ano de publicação da edição.


Como os prazos estão bem dilatados. Não haverá, sob hipótese alguma, prorrogação de prazos. Organizem-se.
Os trabalhos são em equipe.

EMENTA E CONTEÚDO - PLPT - PEDAGOGIA

EMENTA:

Fundamentos teóricos das práticas de leitura. Constituição do sujeito leitor/autor. Diversidade dos gêneros textuais. Alternativas metodológicas para a formação do leitor e do produtor de textos.


SÚMULA DOS CONTEÚDOS:

1-Conceitos de: linguagem, texto, leitura, leitor.
2-Processo cognitivo da leitura.
3-Concepções de leitura subjacentes a práticas escolares.
4-Tipos de textos e modos de leitura.
5-Intertextualidade: paródia e paráfrase.
6-Coerência e coesão textuais.
7-Tratamento didático das produções textuais.
8-Funções da linguagem.


BIBLIOGRAFIA BÁSICA:


CHALUB, Samira. Funções da linguagem. São Paulo: Ática, 1990.
FÁVERO, Leonor. Coesão e coerência textuais. São Paulo: Ática, 1991.
KLEIMAN, Ângela. Oficina de leitura: teoria e prática. Campinas, SP: Pontes, Editora
da Universidade Estadual de Campinas, 1996.
KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2006.


BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:


ORLANDI, E.P. Discurso e leitura. Campinas, SP: Cortez Editora, 1988.
MEC/SEF. Projeto Pró-leitura na formação do professor. Brasília, 1998.

Slides-modelo de relatório e resenha (Contábeis)


Avaliação - LPPT (Contábeis)

Acertamos que as avaliações serão materializadas da seguinte forma:

1. Resenha crítica de livro e partes de livro: O que é leitura (Maria Helena Martins) e Gênero discursivo (Mikhail Bakhtin). 16 de maio de 2011.

2. Relatório de 5 aulas: 06 de junho de 2011.

 
3. Seminário (com os tópicos do conteúdo da disciplina) - julho de 2011.

Obs.: em relação ao relatório, não cabe uma avaliação da disciplina. Este momento faz parte do desenvolvimento do curso e, considerando que é processual, deve-se ser realizada durante o seu percurso. 

EMENTA E CONTEÚDO DA DISCIPLINA - LPPT

Disciplina: Leitura e Prática de Produção Textual (Ciências Contábeis) - LPPT

Ementa: Apresentam as concepções e teorias da linguagem, explicitando o texto, sua natureza, seus elementos e suas características, em consonância às áreas de leitura, considerando suas especificidades. Discute a formação do leitor e a função social da linguagem, enfatizando relatos narrativos, descritivos e dissertativos com enfoque na natureza do perfil de egresso.

Conteúdo Programático:

1. Linguagem e suas características;
2. Concepção de linguagem;
3. Texto: conceito:
4. Textualidade: coesão, coerência, intertextualidade;
5. A função social da leitura;
6. Formação de leitores e escritores;
7. Relatório, artigo, ensaio, resumo, resenha;
8. O ler e o escrever
 
DIJK, Teun. A. Van. Discurso e dominação: uma introdução. In.: HOFFNAGEL, Judith; FALCONE, Ranina (Org.). Discurso e Poder. . São Paulo: Contexto, 2008.
KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e Compreender os Sentidos do Texto. São Paulo: Contexto, 2010.
MARTINS, Maria Helena. O que é leitura. 19 ed. São Paulo: Ed. Brasiliense, 2002.
WODK, Ruth. (trad.) Débora de Carvalho Figueiredo. Do que Trata a ACD – Um Resumo de sua História, Conceitos Importantes e Seus Desenvolvimentos. Revista Linguagem em (Dis)curso – LemD, Tubarão, v. 4, n. esp, p. 223-243, 2004.

Referências: