domingo, 18 de dezembro de 2011

PORTUGUÊS INSTRUMENTAL

Atividades:

Leitura e Produção de textos

Leitura:

1. O conceito de linguagem em Bakhtin, Luiz Filipe Ribeiro
2. Gêneros Textuais: definições e funcionalidades, Luiz Antônio Marcuschi

Produção:

Responder às seguintes questões:

a) Qual a diferença entre Língua e Linguagem?
b) O que são gêneros textuais?
c) Qual a diferença entre tipologias textuais e gêneros textuais?
d) Elabore um resumo para o texto "mulheres bem-sucedidas têm menos chances de casar e ter filhos".
e) Analise o supracitado texto e verifique se ele incentiva a mulher a investir na profissão ou se no casamento. Justifique a sua resposta.

MULHERES BEM-SUCEDIDAS TÊM MENOS CHANCE DE CASAR E TER FILHOS


Conciliar ascensão na carreira e maternidade é uma tarefa cuja dificuldade é agravada pela questão biológica. Para as mulheres, quanto maior o sucesso na carreira, menor a probabilidade de casar

Conciliar ascensão na carreira e maternidade é uma tarefa cuja dificuldade é agravada pela questão biológica. Para as mulheres, quanto maior o sucesso na carreira, menor a probabilidade de casar e ter filhos. O oposto é igualmente verdadeiro para os homens. Estudos publicados recentemente nos Estados Unidos abalam o mito da mulher maravilha, capaz de ser feliz em todas os aspectos da vida. A economista Sylvia Ann Hewlett, da Universidade Harvard, vem provocando a ira das feministas. No livro recém-lançado Creating a Life (Gerando uma Vida, numa tradução literal), ela entrevista 1.200 mulheres em cargos de chefia, com idade entre 28 e 55 anos, e conclui que, quanto mais perto do topo da hierarquia, menores as chances de casar e ter filhos.

Mais da metade das executivas americanas não têm filhos, e três quartos delas são solteiras ou separadas. Trata-se de mulheres poderosas, que ganham mais de 100.000 dólares por ano, mas se queixam de solidão. Só 15% das executivas sem filhos admitiram que de fato jamais planejaram ser mães. Sylvia Hewlett concluiu que, apesar do avanço das mulheres na vida profissional, a maioria ainda sofre com a dificuldade de conciliar a carreira com a família. Para os homens, a chegada dos filhos costuma ser vista como um impulso positivo ou no mínimo um evento sem conseqüências em relação à carreira. Além disso, descobriu que 80% dos executivos americanos planejavam ter filhos e 75% efetivamente tiveram.

No Brasil, onde o processo de absorção da mão-de-obra feminina ainda está em uma fase anterior à do mercado americano, só um quinto das executivas anseia a direção geral das empresas. Em contrapartida, o grau de satisfação das mulheres com suas carreiras é o dobro do que se mede nos Estados Unidos.

A mais bem-sucedida executiva que se vê hoje na mídia, Carly Fiorina, cabeça da gigante de computadores Hewlett-Packard, arrumou um marido que é um verdadeiro dono-de-casa, do tipo que faz a feira, prepara o jantar e coordena os empregados. Mas ela sabe que não pode ter tudo. Filhos estão fora de seus planos.

Poder e solidão

Para as mulheres, quanto maior o sucesso na carreira, menor a probabilidade de casar e ter filhos. O oposto é igualmente verdadeiro para os homens. Estudos publicados recentemente nos Estados Unidos abalam o mito da mulher maravilha, capaz de ser feliz em todas os aspectos da vida. A economista Sylvia Ann Hewlett, da Universidade Harvard, vem provocando a ira das feministas. No livro recém-lançado Creating a Life (Gerando uma Vida, numa tradução literal), ela entrevista 1.200 mulheres em cargos de chefia, com idade entre 28 e 55 anos, e conclui que, quanto mais perto do topo da hierarquia, menores as chances de casar e ter filhos. Mais da metade das executivas americanas não têm filhos, e três quartos delas são solteiras ou separadas.

Trata-se de mulheres poderosas, que ganham mais de 100.000 dólares por ano, mas se queixam de solidão. Só 15% das executivas sem filhos admitiram que de fato jamais planejaram ser mães. Sylvia Hewlett concluiu que, apesar do avanço das mulheres na vida profissional, a maioria ainda sofre com a dificuldade de conciliar a carreira com a família.

Para os homens, a chegada dos filhos costuma ser vista como um impulso positivo ou no mínimo um evento sem conseqüências em relação à carreira. Em suas entrevistas, Sylvia Hewlett descobriu que 80% dos executivos americanos planejavam ter filhos e 75% efetivamente tiveram. Numa passada de olhos na lista de vítimas dos atentados ao World Trade Center, em setembro do ano passado, descobre-se que, na maioria, as executivas eram solteiras. Deixaram sobrinhos e amigos. Os homens, filhos e esposas. Os sociólogos Stewart Friedman e Jeffrey Greenhaus apontam no livro Work and Family: Allies or Enemies? (Trabalho e Família: Aliados ou Inimigos?) que um casamento com filhos funciona como um porto seguro para a maioria dos homens. Os especialistas consideram que boa parte deles ganha mais autoridade no trabalho depois de viver a experiência da paternidade.

Pesquisas como essas confirmam que o estabelecimento concreto da igualdade entre os sexos é uma questão mais difícil de vencer culturalmente que do ponto de vista legal. "Hoje, o homem realmente ajuda a companheira nas tarefas domésticas, como lavar pratos e fazer compras", diz o consultor de recursos humanos Julio Lobos. "Mas quem conduz a casa no dia-a-dia e toma as decisões nesse universo é a mulher." Conclusão: ela leva os problemas domésticos para o trabalho, e vice-versa, diferentemente do homem. Além disso, o processo seletivo dentro das empresas ainda não alcançou no topo o nível de igualdade que já se observa no escalão intermediário.

Atualmente, 60% dos cargos executivos em empresas americanas são ocupados por mulheres. Mas somente 11% se tornam as principais executivas das companhias para as quais trabalham. Mesmo tendo alcançado cargos de chefia, mais de metade delas não almejam prosseguir até o comando de suas empresas. "Esse posto é recompensa de um grau de empenho e dedicação muito acima da média", diz Fátima Zorzato, presidente da consultoria de recrutamento Russell Reynolds. "As mulheres percebem que isso é mais difícil para quem tem filhos e marido."

No Brasil, onde o processo de absorção da mão-de-obra feminina ainda está em uma fase anterior à do mercado americano, só um quinto das executivas anseia a direção geral das empresas. Em contrapartida, o grau de satisfação das mulheres com suas carreiras é o dobro do que se mede nos Estados Unidos. Ultrapassada a fase em que pretendiam ter um emprego, as mulheres americanas vivem a necessidade de desenvolver uma carreira e estão avaliando o preço dessa circunstância. No livro de Hewlett, a cantora lírica Jessye Norman e a assessora de Segurança Nacional da Casa Branca Condoleezza Rice são algumas das mulheres solteiras de sucesso, sem filhos, que aparecem reclamando da dificuldade de encontrar companheiros compreensivos.

Conciliar ascensão na carreira e maternidade é uma tarefa cuja dificuldade é agravada pela questão biológica. Para dar gás no início da vida profissional, muitas mulheres planejam ter filhos além dos 30 anos. Mas a chance de engravidar começa a diminuir por volta dos 27. A gravidez depois dos 40 não é um sonho impossível, mas a empreitada tem vários riscos. "Muitas executivas deixam para pensar na maternidade quando já pode ser tarde demais", disse a economista Sylvia Hewlett a VEJA. A mais bem-sucedida executiva que se vê hoje na mídia, Carly Fiorina, cabeça da gigante de computadores Hewlett-Packard, arrumou um marido que é um verdadeiro dono-de-casa, do tipo que faz a feira, prepara o jantar e coordena os empregados. Mas ela sabe que não pode ter tudo. Filhos estão fora de seus planos.

"Artigo publicado na Revista Veja, da Editora Abril"

Nenhum comentário:

Postar um comentário