sábado, 9 de julho de 2011

A Cigarra e a Formiga, por Milton Amado, Eugênio Amado, Monalisa e Silvana

A cigarra,sem pensar
em guardar,
a cantar passou o verão.
Eis que chega o inverno,e então,
sem provisão na dispensa,
como saída,ela pensa
em recorrer uma amiga:
sua vizinha,a formiga,
pedindo,a ela emprestado,
algum grão,qualquer bocado,
até o bom tempo voltar.
- “Antes de Agosto chegar,
pode estar certa a Senhora:
pago com juros,sem mora.”
Obsequiosa,certamente,
a formiga não seria.
- “Que fizeste até outro dia?
perguntou à imprevidente.
- “Eu cantava,sim,Senhora,
noite e dia,sem tristeza.”
- “Tu cantavas?”
Então,cantas.
Que te darei,
vários grãos e vários bocados.
Antãogora terás de trabalhar,
para teu canto me agradar.
(Milton Amado e Eugênio Amado (2003), Monalisa e Silvana (2011))

A parte em destaque refere-se ao trecho alterado pela dupla, dando um outro signficado à fabula. Qual seria?

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