domingo, 21 de outubro de 2012

Atividade 1 - Balanço Social como gênero discursivo

Texto-base: O CONCEITO DE LINGUAGEM EM BAKHTIN, de Luis Filipe Ribeiro

Aplique as ideias abaixo ao gênero discursivo balanço social:

1. “Para Bakhtin, o significado é uma impossibilidade teórica. Um signo, aceitando-o provisoriamente, não tem um significado, mas receberá tantas significações quantas forem as situações reais em que venha a ser usado por usuários social e historicamente localizados”.

2. “Um enunciado acontece em um determinado local e em um tempo determinado, é produzido por um sujeito histórico e recebido por outro.”

3. “O enunciado não é um conceito meramente formal; um enunciado é sempre um acontecimento. Ele demanda uma situação histórica definida, atores sociais plenamente identificados, o compartilhamento de uma mesma cultura e o estabelecimento necessário de um diálogo. Todo enunciado demanda outro a que responde ou outro que o responderá. Ninguém cria um enunciado sem que seja para ser respondido.”

4. “Mas, para poder escrever o que escrevo, tenho que construir uma imagem de mim mesmo, uma imagem de autor. Tenho que avaliar que expectativa depositam em mim, que imagem construíram desse senhor que vem de fora para lhes falar.”

5. “Mas, assim como o púbico real não há de coincidir com aquele que imaginei previamente, por outro lado, quem escreve neste momento não é a mesma pessoa que será daqui a quatro dias, quando deverá estar lendo o que agora escreve.”

6. “Por outro lado, todo diálogo — ou seja, todo enunciado — além de um enunciador e de um enunciatário ou receptor, demanda a presença daquilo que Bakhtin denominou de o terceiro do diálogo. É que todo diálogo (ou todo discurso) sempre pressupõe alguém diante de quem se dialoga. Posso supor, neste momento e neste diálogo, que o terceiro, para mim, possa ser o próprio Bakhtin (ou seja, a imagem que tenho dele, pois não sou espírita), que me olha preocupado com o que ando a fazer com suas ideias.”

7. “Assim, num enunciado estaremos diante de uma permanente dialética entre as significações, já cristalizadas, e o tema, a cada vez outro. Na verdade há uma luta permanente entre o velho e o novo a cada enunciado que pronunciamos. O velho são as significações que herdamos ao aprender a falar uma língua e ao longo de seu exercício social. O novo, aquilo que cada situação de enunciação apresenta de novidade e de ato histórico original.”

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